quarta-feira, outubro 11, 2006

O Ser Humano adora Lixo

Foi só ser criado esse tal de cuber-espaço, e o homem (e a mulher) o enxeram de lixo. Imagine milhões de tera bytes espalhados em servidores pelo mundo armazenando aquela propaganda "Aumente seu pênis" que as pessoas esqueceram de apagar e ficaram ali...

Agora sai um estudo da symantec dizendo que mais da metade dos emails que circulam na internet são spam! Não é pouca coisa.

Será que aquele meu download não poderia ter sido mais rápido se não houvessem milhões de "Parabéns! Você ganhou" circulando pela internet...?

Como é que somos capazes de usar de forma tão tosca as ferramentas que aparecem pra gente...

Podem falar que, em pouco tempo, espaço ou tráfego na internet serão problemas do passado. Eu tendo a acreditar que quanto mais espaço mais lixo. E lixo virtual tem também seu impacto no mundo real.

Não sei se estou sendo fatalista, mas quanto mais lixo armazenado, mais servidores rodando, mais energia elétrica sendo consumida, mais computadores que vão cair em desuso e serem descartados.. para o lixo...

Sem falar na enxeção de saco de ter que ficar filtrando e apagando esses emails indesejados.. pelo menos estou distante do risco de pegar um vírus, já que uso linux, mas a maioria ainda não está. E a medida que mais pessoas usem linux é possível que minha imunidade também se esvaia...

enfim.. morte aos spammers!

Leo,,

segunda-feira, outubro 09, 2006

Combate as sementes piratas

Esse é um dos maiores absurdos no que se refere a propriedade intelectual nos dias de hoje. A propriedade sobre a vida, sobre o código genético.

A quebra da cadeia natural de se ter uma semente, plantar, recolher sementes e replantar, repetindo o processo infinitamente.

Ao invés disso, o DNA da semente é propriedade de uma empresa, você só pode plantar as (estéreis) sementes que comprar...

Agora a Embrapa vai usar satélites para fiscalizar sementes piratas. Claro.. como se fosse interesse público que uma empresa monopolize a distribuição de sementes para todos os produtores do país... E que quem não tenha dinheiro pra comprar essas sementes tenha duas opções: 1-pare de plantar, não ganhe dinheiro e morra de fome; 2- plante com outras sementes, não consiga concorrer no mercado e morra de fome...

Tá certo.. pra que pequenos produtores? Pra que diversidade de alimentos? Vamos todos comer ração! É muito mais econômico e eficiente...

medo

Leo,,

sexta-feira, outubro 06, 2006

Macaco sem medo de morrer...

Hilário!

http://video.google.com/videoplay?docid=8811551493740102634

Leo,,

Software Livre na Globo

Há pouco tempo atrás, nós do estudiolivre discutimos bastante nossa relação com os grandes meios de comunicação, depois de eu ter me recusado a dar uma entrevista para o canal Futura.

A discussão está longe de acabar, mas ontem tivemos mais um elemento para nos ajudar a refletir.

Sergio Amadeu e Julo César Neves foram ao programa do Jô, na Globo, falar sobre Software Livre.

Faz muitos anos que não tenho o costume de assistir televisão. Deve fazer ainda mais tempo que não assistia a um programa do Jô inteiro. Para vocês terem uma ideia, fiquei um tempo sintonizado no SBT esperando o Jô entrar...

Quando começou tive uma terrível surpresa. Um choque. Sabe quando você vê uma pessoa que não via há muito tempo e percebe uma grande mudança nela, engordou ou emagreceu muito, etc... Mudança que as pessoas que convivem com essa mesma pessoa diariamente praticamente não notam? Pois é, não sei se vocês vêem muito o programa do Jô e não perceberam, ou se todo mundo já sabe disso... mas ele está gagá! O que é aquilo??

Na aberutura do programa ele passou uns cinco minutos lendo umas piadas sem graça pelo Teleprompter. Parecia que ele não conseguia enxergar as letras direito, gaguejando na leitura... horrível. Durante a entrevista, quando não lê uma deixa ridícula e ensaiada em um papel tem um ataque de riso forçado... bizarro...

Mas enfim.. não é disso que eu quero falar.

A conversa sobre software livre não foi boa. Sergio Amadeu, professor de mão cheia, ótimo orador, não conseguiu utilizar uma didática "para leigos" e sintetizar a imensa quantidade de informações e experiência que ele tem nos poucos minutos apertados da ditadura da velocidade televisiva. O processo da Microsoft contra ele, por exemplo, seria um assunto que o Jô ia adorar, mas não chegaram nem perto disso. O entrevistador também não ajudou nada, por exemplo quando ficou insistindo que "mas tem o interesse de vender software livre também... então não é assim..". Tinha um preconceito incrível do Jô ali... E ele saiu da entrevista sem entender que a NASA usar software livre não significa que eu possa daqui de casa alterar o programa deles...

Voltando a nossa relação com a mídia... Será que valeu a pena? Será que é possível usar esses grandes meios para passar a mensagem que queremos? Será que não é contraditório com nosso discurso de independência dos intermediários?

Tendo a achar que não valeu a pena. Tendo a achar que mais vale a pena o trabalho descentralizado, o boca a boca, o ponto a ponto. (como já bem disse o glerm)

Ontem fui assistir a A História do Brasil segundo Ernesto Varela, peça de Marcelo Tas (que pode ser assistida online pelo site). Muito boa, recomendo! Porque entrou essa peça no meio desse texto? Porque Tas é a única pessoa que conheço que tem a manha de quebrar a lógica de que quanto maior a audiência, menor o repertório, ou seja, pra se falar para muita gente, tem que se abaixar o nível da fala. Ele consegue usar a TV, veículo de massas, com uma linguagem simples porém de altíssima qualidade. Ernesto Varela, o repórter, é exemplo clássico disso. E, pra quem ainda não assistiu, assistam o vídeo Fora do Ar, quadro piloto feito para o Fantástico mas que nunca foi para o ar porque... bom, veja você mesmo e tire suas conclusões..

Leo,,

terça-feira, outubro 03, 2006

Uma luz no fim do beco

Até que enfim algum sinal de bom senso das grandes indústrias do entretenimento. A Warner, para combater a pirataria na China, resolveu vender os DVDs do Super-Homem por apenas US$1,70. Não sei quanto custa um DVD pirata na China, mas sem dúvida esse valor se aproxima muito dos disquinhos dos camelôs!

Outra iniciativa inovadora que rolou recentemente foi o processo que a LimeWire abriu contra a RIAA! Invertendo o jogo, essa é a primeira vez que um responsável por uma rede p2p abre um processo contra a associação das gravadoras norte-americanas! A melhor defesa é o ataque, devem ter pensado.

Isso aconteceu pouco tempo depois da e-donkey fechar acordo de 30 milhões de dólares...

Leo,,