terça-feira, dezembro 07, 2004

A verdade

Ontem a noite recebi uma carta da Folha de São Paulo que começava assim:

"Há mais de 80 anos, a Folha vem afirmando seu compromisso com a verdade."

Poderia e devia ter parado ler aí.

Leo,,

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Mais fôlego para o documentário

Apesar das dificuldades burocráticas nosso projeto está com ótimas perspectivas.

Nosso projeto: http://nakedpictures.utopia.com.br

A Lili encontrou com o Mario Borgneth, gerente do núcleo de documentários da TV Cultura, esses dias e ele reiterou a intenção de Co-Produção da TV Cultura para o nosso projeto.

Além disso o Flavio foi esses dias apresentar o projeto para um pessoal do Sesc que se itneressou muito. Nessa conversa acabou ficando acertado que o documentario que ele está finalizando com o Pedro (Gamer BR) será lançado no sesc, em sessão com mesa de discussão, coktail e tudo mais. Ótimo para eles e para nosso próximo projeto

Ano que vem promete!

Leo,,

quarta-feira, novembro 24, 2004

sábado, novembro 20, 2004

Gilberto Gil viu pra crer!

Hoje, 20 de novembro de 2004, foi um dia histórico.

bom... pelo menos pra mim.

Gilberto Gil, que, na qualidade de ministro da Cultura, está encabeçando o projeto Pontos de Cultura, pagou pra ver se os softwares livres de gravação e edição de audio e video estavam com qualidade suficiente para suprir a demanda de centenas de pontos espalhados no Brasil que utilizarão software livre para produzir músicas, videos e tudo mais.

Não que ele duvidasse, mas como pessoa inteligente que é, tinha que ver com os próprios olhos para poder sair por aí falando para todo mundo que ia colocar software livre para produção multimidia. E isso não é a toa. Não faltam pessoas que, sem o menor conhecimento, afirmam com facilidade que não existem softwares livres de qualidade para esse fim.

((parentêses))
o projeto Pontos de Cultura prevê convênios entre o Ministério da Cultura e pontos culturais espalhados no Brasil que receberão, além de uma verba semestral, um kit de produção multimídia, rodando inteiramente em software livre.

além disso, esses pontos estarão conectados entre si pela internet e compartilharão suas produções culturais atraves de uma rede p2p.
((fim do parênteses))

Lá fomos nós, responsáveis pela parte digital desse projeto. Marcamos um estúdio na Vila Madalena e recebemos o ministro para uma apresentação dos softwares de áudio e video. Cris Scabello cuidou da parte principal: a música. Mostrou o Ardour, o Rezound, Freebirth, e outros.. muito bom. O Gil curtiu muito.

Depois eu mostrei os softs de video (cinelerra e kino). E aí veio a hora H: " Gil, queriamos te convidar agora para gravar uma musica aqui em software livre".

E foi!. "Maquina de Ritmo" está aí. Baixe aqui! (reparem nele falando "pode usar (a música)" no final. Tá liberada!)

Eh isso aí!!!

Leo,,


sábado, novembro 13, 2004

Software Livre na UFSCar

No dia 5 fomos eu, o Jean e o Jeff dar uma oficina lá na UFSCar na SEIS (semana da Imagem e do som).

O Fabiens me ligou chamando porque eu trabalhava no terceiro setor, e poderia falar sobre oportunidades de trabalho nessa área. Mas aí eu já perguntei: "tem alguém falando de software livre?", .. er... software livre... não sei.. acho qua não. "Então eu vou"

Foi uma experiência muito boa! Chamei o Jean pra falar sobre os softwares e a prática de VJ e o Jeff foi lá falar de metareciclagem e improvisar uma burnstation ali na hora.

Falei do conceito e da história do software livre para uma platéia de umas 30 pessoas. Mostrei alguns softs de edição de audio e video e falei sobre levar esse conceito de software livre para a cultura:

Cultura Livre
essa á a grande história: Levar esse modelo de produção do software livre (pessoas compartilhando o código fonte e craindo um produto final que não pertence a ninguém, mas a todo mundo) para a cultura. Criar colaborativamente.

Depois o Jean mostrou o Gephex, software pra VJ muito legal.

Voltamos do almoço e colocamos a galera pra mexer no computador, tiramos um monte de dúvida. Foi muito legal a participação de todos. Fiquei impressionado. O Jeff queimou uns 10 CDs pra galera com algumas distros que o povo pedia. Todo mundo se empolgou!!

Show de bola! Valeu Fabiens! Valeu galera da UFSCar

Gostei de dar oficinas/palestras!

Leo,,

sábado, novembro 06, 2004

Debate sobre Creative Commons

ó eu aí
Leo,,
Direito criativo e conteúdos livres
um debate sobre o uso do Creative Commons



Com o objetivo de discutir as possibilidades jurídicas trazidas pelo uso do licenciamento de conteúdo no modelo Creative Commons e suas implicações sociais, o Ponto de Cultura Vila Buarque organiza no dia 8 de novembro (segunda próxima) as 19h30, um debate com a presença de representantes das áreas de software livre, vídeo, música e cinema. O Ponto de Cultura Vila Buarque é um projeto de cultura digital selecionado pelo Ministério da Cultura ( proposto pelo IPSO - Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos, cujo presidente é o ex-deputado Antonio Rezk e pela OBORÉ - Projetos Especiais em Comunicações e Artes, cujo diretor é o jornalista Sérgio Gomes ) que tem como proposta promover atividades culturais e sociais nas áreas de cineclube, rádioweb, vídeo, software livre e reciclagem de equipamentos de informática.
Debatedores:

Imre Simon – Professor do Instituto de Matemática e Estatística - IME / USP, Coordenador a Incubadora Virtual de Conteúdos Digitais da Fapesp

Caio Mariano - Advogado especializado em Direitos de Novas Tecnologias e Propriedade Intelectual (Sócio do Escritório Kaminski, Cerdeira e Pesserl Advogados)

Carlos Seabra - Diretor de tecnologia do IPSO, Membro da coordenação do Ponto de Cultura Vila Buarque

Fernando Yazbek - Diretor Jurídico da ABMI/Associação Brasileira de Música Independente

Leonardo Germani - Naked Pictures

sexta-feira, junho 04, 2004

Que que você quer saber de Software Livre?

Estou aqui em Porto Alegre para o maior evento de software livre da America Latina (Forum Internacoinal de Software Livre) e digo uma coisa para vocês: Isso aqui não interessa só a programadores, hackers ou nerds em geral.

O que software livre tem a ver com você então? Por que aqui no forum, além de discussões técnicas, há muita, e muita mesmo, discussão sobre temas como rádios livres, cinema, música, fotografia, até mesmo biologia? Por que Jorge Furtado, coneasta, estava dando palestra se ele não entende nada de computador?

A resposta é a segiunte: Software Livre não tem só a ver com computador. Software livre é uma expressão (talvez a primeira, talvez a precursora) de um movimento de mudança na produçao cultural (sim, software também é cultura).

Qualquer participante do Forum sabe muito bem quais são essas mudanças que o SL aponta; Todos sabem que a palavra chave para denominar este evento está longe de qualquer termo técnico; a palavra-chave é Liberdade.

Liberdade de produzir, liberdade de se apropriar e recriar, liberdade de distribuir. O que todo mundo está falando aqui é que ninguém quer ficar a merce de uma ou poucas empresas para terem acesso a conhecimneto ou cultura. O que todos estão falando aqui é que a produção cultural não pode ficar na mão de poucas pessoas, tem que ser descentralizada. O que todos estão falando aqui é que ninguém inventa nada, todos recriam, transformam, reciclam, reinventam e remixam cultura. Em resumo, conhecimento não pode ser prorpriedade de uma empresa. Conhecimento só tem valor quando é trocado.

Tanto isso é verdade e consenso entre palestrantes, organizadores e participantes que o maior evento do forum, que será hoje, não tem nada a ver com software. Em evento que foi até destaque na Folha de São Paulo de ontem, Gilberto Gil (que provavelmente também não entende nada de computador) participará do lançamento oficial do Creative Commons no Brasil.

Resumindo, Creative Commons disponibiliza licenças que qualquer um pode usar para colocar em suas obras (livros, vídeos, músicas, etc...). Estas licenças são uma flexibilização do Copyright, que proibe tudo: Você não pode copiar, não pode usar um pedaço para fazer uma nova obra, não pode distribuir, enfim... é tudo não. Em alguns casos, mesmo que o autor da obra não se importe que outras pessoas se utilizem da sua obra, os impedimentos burocráticos são tantos que impedem sua livre utilização por outros artistas. Nessa situação o copyright atrapalha a produção cultural, ou seja, o direito autoral, nessas situaçãoes, impede a evolução e a trasnformação da cultura. Ao invés de ser um fator de proteção da cultura, se torna em um elemento que amarra a produção intelectual.

Gilberto Gil, em um ato simbólico mas que, sem dúvida, terá muita repercussão, ajudará a propagar mais a importância de se garantir uma cultura livre. Preocupação que já está na cabeça e na atitude de milhares de pessoas ao redor do mundo.

Agora deixa eu ir que o evento está bombando...

terça-feira, maio 25, 2004

Falando em inquietação

O Alê acabou de ser papai, tá lá na luta, com um micrinho velho num canto, um microfone daqueles fininhos de computador.. mas é um cara inquieto demais.. não pára de produzir.. nunca vi..

ó a última: Papel de Catador

Tecnologia e Criação

Acho que a melhor coisa que define o artista e a arte é a inquietação.

Um artista deve estar sempre ansioso por criar, por produzir, mesmo que seja para si próprio. Ele pode ser o maior preguiçoso, mas exerce sua arte freneticamente.

A tecnologia, nesses casos, vem como uma ferramenta que, muitas vezes, facilita e catalisa a criação mas NUNCA a impede. Um artista de verdade nunca vai deixar de produzir por falta de ferramenta. Muito menos por possuir apenas uma ferramenta precária.

Por isso que eu fico tão feliz quando eu vejo gente produzindo em situações precárias. Porque eu sei que ali tem uma inquietação, uma vontade de produzir que supera qualquer dificuldade. E quando essas dificuldades são superadas, revela-se que além de vontade, esse artista tem competência e qualidade.

Eu trago essa discussão porque hoje muito se fala na tecnologia proporcionando que muito mais pessoas produzam e tal... mas ao mesmo tempo se cria um fetiche em cima de certas tecnologias ... por exemplo, se um vídeo ou uma música não forem feitos usando um Mac não são pra valer.. é amador.. Aí tem gente que se preocupa antes em ter o tal do Mac do que em fazer música.. besteira...

E isso, na verdade, é totalmente o contrário do que a tecnologia digital traz. O que ela traz é a possibilidade de uma descentralização geral na produção. E neguinho fica complicando... Salve a inquietação geral!

Os tempos são outros

Pesadelo

Sonhei que estava no bar e tinha uma banda tocando Scorpions.

O vocalista era um loiro cabeludo, com cabelos lisos escorridos nos ombros e com uns peitos iguais ao da Feiticeira!!

Afe...

quarta-feira, maio 19, 2004

NUA - União de Vila Nova

A Flavia andou escrevendo uns textos sobre o NUA. Me deu uma certa nostalgia, afinal de contas passei 2 anos frequentando aquele bairro e conheci grandes pessoas das quais sinto falta.

Pra minha alegria, essas pessoas (adolescentes que participavam das oficinas que eu dava e, acredite se quiser, me ouviam!) estão agora querendo montar uma rádio lá! Tudo o que eu sempre quis que eles fizessem. De um certo modo, um sinal de que fui bem sucedido.

Agora "só" falta arrumar o dinheiro pro transmissor e etc..

Bom.. pra não ficar pra trás da Flavia, posto um texto que escrevi sobre lá quando ainda estava por aquelas bandas.

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Morte e Vida na Favela


O movimento na rua está diferente. As pessoas em pé na porta de suas casas conversam em voz baixa, todos os olhares se voltam para o mesmo lugar: uma casa, ali do outro lado do lixão.

Uma menina acaba de ser morta a tiros. “Eu me encontrei com ela no ponto de ônibus hoje de manhã”, diz uma das mulheres. O motivo da morte ainda está confuso para as pessoas, mas, na verdade, todos já sabem: drogas. Todos comentam que ela havia se metido com quem não devia.

Mas existe algo muito particular nessa cena de união entre vizinhos perante um recém-cometido assassinato. É uma diferença que talvez eles já tenham esquecido que exista, mas que, no entanto, não pode passar desapercebida para quem vem de fora e não vive a realidade violenta e cruel de uma favela.

O fato é que não há mais surpresa para eles. Mesmo indignação já é um sentimento desgastado, cansado de ser reprimido até se tornar uma lembrança, um sonho de uma vida melhor. Há tristeza, sim. Todos lamentam, sim. Mas é apenas mais uma morte. Terrível como isso pode se tornar parte do dia a dia.

Não é a toa que os números dos dois postos de saúde do Qualis apontem a violência como a principal causa de morte no bairro.Não é a toa que todos respeitem as regras impostas pelos traficantes e temam por seus filhos. Não é a toa que todos sigam suas vidas - sonhando.


Leonardo Germani

sexta-feira, maio 14, 2004

Enfim, um blog

Primeiro teste.

Enfim resolvi criar um blog.. depois de muito tempo ensaiando coisas parecidas resolvi fazer em um desses blogs de graça, onde eu não preciso me preocupar com nada de programação, só com o que eu tenho q escrever.... vamos ver o que sai...