quarta-feira, novembro 22, 2006

Mudança de endereço!

ATENÇÃO

Meu blog MUDOU de endereço!

Agora está em http://leogermani.pirex.com.br

quinta-feira, novembro 16, 2006

segunda-feira, novembro 06, 2006

Um bom precedente na Espanha

Olha aí um bom precedente aberto na Espanha:

Uma iternauta foi absolvida por ter baixado e distribuído músicas em redes P2P.

A juíza justificou a absolvição com o facto de criminalizar o download e a distribuição de músicas da Internet sem qualquer interesse lucrativo implicaria a criminalização de um comportamento socialmente aceite, que apenas pretende obter músicas para usufruto privado.
Fonte: Exame Informática

Leo,,

quarta-feira, outubro 11, 2006

O Ser Humano adora Lixo

Foi só ser criado esse tal de cuber-espaço, e o homem (e a mulher) o enxeram de lixo. Imagine milhões de tera bytes espalhados em servidores pelo mundo armazenando aquela propaganda "Aumente seu pênis" que as pessoas esqueceram de apagar e ficaram ali...

Agora sai um estudo da symantec dizendo que mais da metade dos emails que circulam na internet são spam! Não é pouca coisa.

Será que aquele meu download não poderia ter sido mais rápido se não houvessem milhões de "Parabéns! Você ganhou" circulando pela internet...?

Como é que somos capazes de usar de forma tão tosca as ferramentas que aparecem pra gente...

Podem falar que, em pouco tempo, espaço ou tráfego na internet serão problemas do passado. Eu tendo a acreditar que quanto mais espaço mais lixo. E lixo virtual tem também seu impacto no mundo real.

Não sei se estou sendo fatalista, mas quanto mais lixo armazenado, mais servidores rodando, mais energia elétrica sendo consumida, mais computadores que vão cair em desuso e serem descartados.. para o lixo...

Sem falar na enxeção de saco de ter que ficar filtrando e apagando esses emails indesejados.. pelo menos estou distante do risco de pegar um vírus, já que uso linux, mas a maioria ainda não está. E a medida que mais pessoas usem linux é possível que minha imunidade também se esvaia...

enfim.. morte aos spammers!

Leo,,

segunda-feira, outubro 09, 2006

Combate as sementes piratas

Esse é um dos maiores absurdos no que se refere a propriedade intelectual nos dias de hoje. A propriedade sobre a vida, sobre o código genético.

A quebra da cadeia natural de se ter uma semente, plantar, recolher sementes e replantar, repetindo o processo infinitamente.

Ao invés disso, o DNA da semente é propriedade de uma empresa, você só pode plantar as (estéreis) sementes que comprar...

Agora a Embrapa vai usar satélites para fiscalizar sementes piratas. Claro.. como se fosse interesse público que uma empresa monopolize a distribuição de sementes para todos os produtores do país... E que quem não tenha dinheiro pra comprar essas sementes tenha duas opções: 1-pare de plantar, não ganhe dinheiro e morra de fome; 2- plante com outras sementes, não consiga concorrer no mercado e morra de fome...

Tá certo.. pra que pequenos produtores? Pra que diversidade de alimentos? Vamos todos comer ração! É muito mais econômico e eficiente...

medo

Leo,,

sexta-feira, outubro 06, 2006

Macaco sem medo de morrer...

Hilário!

http://video.google.com/videoplay?docid=8811551493740102634

Leo,,

Software Livre na Globo

Há pouco tempo atrás, nós do estudiolivre discutimos bastante nossa relação com os grandes meios de comunicação, depois de eu ter me recusado a dar uma entrevista para o canal Futura.

A discussão está longe de acabar, mas ontem tivemos mais um elemento para nos ajudar a refletir.

Sergio Amadeu e Julo César Neves foram ao programa do Jô, na Globo, falar sobre Software Livre.

Faz muitos anos que não tenho o costume de assistir televisão. Deve fazer ainda mais tempo que não assistia a um programa do Jô inteiro. Para vocês terem uma ideia, fiquei um tempo sintonizado no SBT esperando o Jô entrar...

Quando começou tive uma terrível surpresa. Um choque. Sabe quando você vê uma pessoa que não via há muito tempo e percebe uma grande mudança nela, engordou ou emagreceu muito, etc... Mudança que as pessoas que convivem com essa mesma pessoa diariamente praticamente não notam? Pois é, não sei se vocês vêem muito o programa do Jô e não perceberam, ou se todo mundo já sabe disso... mas ele está gagá! O que é aquilo??

Na aberutura do programa ele passou uns cinco minutos lendo umas piadas sem graça pelo Teleprompter. Parecia que ele não conseguia enxergar as letras direito, gaguejando na leitura... horrível. Durante a entrevista, quando não lê uma deixa ridícula e ensaiada em um papel tem um ataque de riso forçado... bizarro...

Mas enfim.. não é disso que eu quero falar.

A conversa sobre software livre não foi boa. Sergio Amadeu, professor de mão cheia, ótimo orador, não conseguiu utilizar uma didática "para leigos" e sintetizar a imensa quantidade de informações e experiência que ele tem nos poucos minutos apertados da ditadura da velocidade televisiva. O processo da Microsoft contra ele, por exemplo, seria um assunto que o Jô ia adorar, mas não chegaram nem perto disso. O entrevistador também não ajudou nada, por exemplo quando ficou insistindo que "mas tem o interesse de vender software livre também... então não é assim..". Tinha um preconceito incrível do Jô ali... E ele saiu da entrevista sem entender que a NASA usar software livre não significa que eu possa daqui de casa alterar o programa deles...

Voltando a nossa relação com a mídia... Será que valeu a pena? Será que é possível usar esses grandes meios para passar a mensagem que queremos? Será que não é contraditório com nosso discurso de independência dos intermediários?

Tendo a achar que não valeu a pena. Tendo a achar que mais vale a pena o trabalho descentralizado, o boca a boca, o ponto a ponto. (como já bem disse o glerm)

Ontem fui assistir a A História do Brasil segundo Ernesto Varela, peça de Marcelo Tas (que pode ser assistida online pelo site). Muito boa, recomendo! Porque entrou essa peça no meio desse texto? Porque Tas é a única pessoa que conheço que tem a manha de quebrar a lógica de que quanto maior a audiência, menor o repertório, ou seja, pra se falar para muita gente, tem que se abaixar o nível da fala. Ele consegue usar a TV, veículo de massas, com uma linguagem simples porém de altíssima qualidade. Ernesto Varela, o repórter, é exemplo clássico disso. E, pra quem ainda não assistiu, assistam o vídeo Fora do Ar, quadro piloto feito para o Fantástico mas que nunca foi para o ar porque... bom, veja você mesmo e tire suas conclusões..

Leo,,

terça-feira, outubro 03, 2006

Uma luz no fim do beco

Até que enfim algum sinal de bom senso das grandes indústrias do entretenimento. A Warner, para combater a pirataria na China, resolveu vender os DVDs do Super-Homem por apenas US$1,70. Não sei quanto custa um DVD pirata na China, mas sem dúvida esse valor se aproxima muito dos disquinhos dos camelôs!

Outra iniciativa inovadora que rolou recentemente foi o processo que a LimeWire abriu contra a RIAA! Invertendo o jogo, essa é a primeira vez que um responsável por uma rede p2p abre um processo contra a associação das gravadoras norte-americanas! A melhor defesa é o ataque, devem ter pensado.

Isso aconteceu pouco tempo depois da e-donkey fechar acordo de 30 milhões de dólares...

Leo,,

sábado, setembro 16, 2006

Documentário sobre pirataria é disponibilizado na Internet

Extraído de :: Cinema Com Rapadura ::
O documentário sueco Steal This Film está sendo distribuído de graça na Internet, através do seu site oficial: www.stealthisfilm.com.

O vídeo mostra depoimentos dos donos do site de downloads de arquivos para BitTorrent - programa usado para fazer download de arquivos na Internet - PirateBay.

O site é superpopular devido ao número imenso de arquivos de música e de vídeo disponíveis para download gratuitos, cerca de 150 mil. O documentário também tem traços de humor e ironiza propaganda contra a pirataria.

Um segundo documentário sobre o tema já está sendo planejado.

Leo,,

quarta-feira, setembro 13, 2006

Entrevista no Canal Futura

Me chamaram pra dar uma entrevista, junto com a Marcinha, para o Canal Futura que está produzindo uma série de programas com assuntos ligados a internet, cibercultura, etc...

A ideia era falarmos do estudiolivre.org e das oficinas dos Pontos de Cultura.

Quando fiquei sabendo que ia ser num estúdio me veio um certo remorso de ter aceitado. Fiquei imaginando um cenário colorido e o Lucas Silva e Silva me entrevistando...

Mas beleza. Saí e recebi várias ligações da produtora querendo saber se eu estava chegando logo... Cheguei e Marcinha já estava lá. Estavam discutindo os termos do termo de autorização de imagem, onde autorizaríamos a Fundação Roberto Marinho a utilizar nossa imagem e do site estudiolivre para qualquer fim, em qualquer tempo, por ela ou por qualquer outra pessoa que ela autorizasse.

Bom.. de cara disse que não poderíamos assinar pelo estudiolivre, já que não eramos os "titulares" do site, como dizia a licença.

Depois fomos a de uso de nossa imagem, que tinha as mesmas cláusulas. Marcinha já estava argumentando há um tempão. Explicamos que isso era muito contraditório com o que fazíamos (deixar nossa imagem como propriedade da Fundação Roberto Marinho para fazer o que quiser... inclusive fazer DVDs, CDs, etc...) Queríamos autorizar apenas para a veiculação no canal Futura.

Ligaram pro Rio, mexeram em uma palavra. Não foi suficiente.

Fiquei balançado. Afinal sabemos que são formalidades, que leva tempo pra mudar isso, que a mudança não estava ao alcance das pessoas que estavam ali (produtores de TV... ai ai.. como não tenho saudade disso...).

Os caras já tinham feito 10 entrevistas naquele dia (e ainda era meio dia) sobre os mais variados temas... produção daquele jeito... coisas de TV...

Por fim cancelamos a entrevista. Talvez se tivesse sozinho tivesse feito.

Não sei se foi bom ou ruim.. saí com uma sensação estranha...

Acho que é aí é colocar na balança. Queremos essa exposição? Vale a pena abrir mão de algumas coisas (até pq, na prática, muito dificilmente fariam qq coisa com nossa imagem) para conquistar novos espaços? Ou o estranhamento causado na equipe acostumada a ter pessoas implorando por exposição na TV valeu mais a pena...?

Sei não...

Leo,,

Pirataria beneficia o Windows

Um estudo que fala o que todo mundo já sabia.

Leo,,

quarta-feira, agosto 23, 2006

Small is Beautiful

Numa entrevista que fiz com Gil lá em Tunis, ele citou, sem explicar, a expressão "Small is beautiful". Dalton me contou depois que se tratava de um livro de economia dos anos 70.

Fiquei com isso na cabeça e outro dia achei o livro em um sebo. Em um movimento pouco usual comecei a ler pelo último capítulo, porque fui atraído pelo título: "Novos Modelos de Propriedade".

Nesse capítulo, o autor (E. F. Schumacher), narra uma experiência muito interessante. A da Scott Bader Co. Ltd.

Um dia o dono da empresa tomou uma decisão radical. Fundou a Scott Bader Commonswealth (comunidade) e transferiu a posse da sua empresa para a comunidade. Depois disso, concordou com seus novos sócios, agora os membros da comunidade em criar uma constituição; uma série de princípios que regeriam a comunidade, a propriedade da empresa e seu modo de funcionamento.

Os princípios são muito interessantes:

Na minha opinião, o mais interessante, que diz que a "firma permanecerá como um empreendimento de dimensões limitadas"... "Ela não passará de aproximadamente 350 pessoas". Se o crescimento for inevitável, ele será feito "ajudando-se a criar novas unidades plenamente independetes organizadas" segundo os mesmos princípios.

Há uma série de princípios que regulam o nível de pagamento, evitando descrepâncias muito grandes entre cargos distintos. Outro que coloca que até, no máximo, 40% do lucro pode ser usado para pagamento de bônus e que, o mesmo valor (ainda dentro desses 40%) deverá ser destinado a fins caritativos.

A comunidade existe até hoje e parece manter os princípios que, segundo o site, foram ajustados as mudanças sociais.

Esse exemplo me pareceu bastante interessante pois vai de encontro a muitas coisas que vejo estarem acontecendo agora. A volta da produção local, do pequeno produtor, como alternativa econômica aos frangos-mutantes, a soja-transgênica, a música-produto, a educação-elitista e a saúde-pra-quem-pode-pagar.

O Digital Business ecosystem, outra experiência interessante nessa área, deve ter bebido nessa fonte.

Leo,,

Habermas e mestrado

Semana passada fui falar com Sergio Amadeu sobre um possível mestrado. Ainda não entendi muito bem o por quê, mas estou com vontade de fazer um mestrado e, como estou há um tempo longe da faculdade e não tenho lá um grande histórico acadêmico, fui falar com ele pra ele ajudar com as minhas idéias.

Primeiro tinha dúvidas se minhas idéias, ou insights como ele chamou, eram interessantes/relevantes ou não passavam de obviedades ou simplesmente viagens.

Depois queria saber ser era um tema focado o suficiente e se ele conhecia algum professor que pudesse me orientar.

O papo foi muito bom, Serginho foi muito apreensivo, ouviu bem e me orientou legal. Por fim me recomendou que lesse Habermas. Mais especificamente "Mudança estrutural na esfera pública". Essa leitura, segundo ele, vai ser a prova de fogo pra ver se eu vou querer mesmo encarar a bronca.

Já comprei o livro e estou começando a ler. Devo ir postando aqui minhas impressões.

Pra compartilhar, aqui vão uns rabiscos sobre meu tema de mestrado:
. O Fim da credibilidade dos meios de comunicação
A internet está cheia de mentiras, de informações erradas e etc. A internet não tem credibilidade nehuma, e isso é bom. Bom porque, ainda hoje em dia, os meios de comunicação tradicionais carregam uma credibilidade cristalizada em si mesmos. "Passou na TV é verdade". A internet tende a levar a credibilidade de volta para as pessoas. "Eu confio no que tal pessoa escreve", ou mesmo, "eu confio em tal site...". Nunca: "eu confio na internet". Hoje, não interessa quem fala, estando nos meios de comunicação tradicionais, têm credibilidade (falando de público em geral). - esse tema tem muitos desdobramentos... como a publicidade roubando a credibilidade do jornalismo.. etc...


. O receptor ativo
Para esse novo modelo de comunicação funcionar, não basta uma multiplicação de produtores (o que já está acontecendo). Tem que haver uma mudança de postura dos receptores. Quero falar do receptor ativo não só como o cara que agora tb tem a oportunidade de ser emissor, mas do cara que, para ser receptor, tem que fazer um movimento em busca daquilo que ele vai receber. As coisas não chegam até ele mais em um horário certo, sempre no mesmo canal. É preciso que as pessoas aprendam como ir atrás do que querem. É preciso que as pessoas criem suas próprias redes de confiança, baseadas nas coisas que elas querem... Indo mais fundo. É preciso que as pessoas saibam o que elas querem.


. Impessoalidade x Pessoalidade
Ao contrário do que muitos pensam, de que a popularização da internet e dos meios de comunicação p2p vai fazer com que as pessoas não saiam mais de casa, façam tudo pelo computador, virem seres cada vez mais sedentários e entreguem suas relações sociais sempre a intermediação da tecnologia, queria abordar que vejo um movimento contrário:
1. como no tema sobre a credibilidade dos meios, vejo um movimento para relações mais pessoais na internet do que em qualquer outro meio (troca de arquivos p2p, redes de confiança, etc.)
2. Do ponto de vista da produção cultural, por exemplo a música, vejo uma maior valorização da performance ao vivo. As músicas em formato digital tendem a estar disponíveis para quem quiser na rede. Os músicos serão menos valorizados por sua produção em estúdio do que por sua performance ao vivo. A experiência real de ver alguém cantando será muito mais valorizada com a banalização do acesso a gravações. Isso já é realidade com músicos que ganham a vida de shows e disponibilizam suas músicas na internet. Jorge Furtado, quando perguntaram pra ele o que ele achava de saber que tinha gente assistindo ao filme dele em casa, antes da estréia no cinema, disse que não se importava. "Não é isso que eu faço. Cinema implica em a pessoa sair de casa, se deslocar, entrar numa sala, com uma tela grande, escuro, sistema de som, e se entregar por duas horas a uma experiência"...

. Muita informação causa desinformação?
Essa é a grande crise do pessoal de comunicação hoje em dia. Como fazer com tanta informação que tem na internet?? Queria explorar a questão do receptor ativo aqui, mas também o papel dos agregadores, as pessoas que vão filtrar tanta informação e se tornarão _nós fortes_ da rede. Algo como os DJs, que selecionam músicas, mas pra todas as áreas: fotos, noticias, informações, videos, etc... (alguma coisa sobre isso aqui no blog do ff: http://metareciclagem.org/fff/?p=3444
Leo,,

sexta-feira, agosto 18, 2006

Ministério Público quer fechar sede do Google no País

Notícia completa no Estadao.com.br

O
escritório da empresa no Brasil poderá ser fechado, caso o Google
Brasil continue se recusando a fornecer os dados de 29 criminosos
cadastrados no site de relacionamentos.

E
a atitude do Ministério Público Federal não ficou só nisso. Em parceria
com a ONG Safernet, que defende os direitos humanos na internet, foi
elaborado um relatório bastante detalhado sobre as páginas do Orkut que
veiculam conteúdo impróprio - pornografia infantil, neonazismo,
incitação a crimes, maus-tratos contra animais, homofobia e
intolerância religiosa são algumas das denúncias que constam do
relatório.

(Pra contextualizar com o que vem rolando em outros países. Na China, o Google bloqueu acesso a alguns sites pra poder entrar no país, mas isso não safou de também ser bloqueado depois)

Essa discussão dá pano pra manda.... Google é processado pelo que seus usuários fazem... LimeWire é processado pelo que seus usuários fazem, KazAa é processado e paga uma nota preta...

Na minha modesta opinião. O futuro aponta para um cenário onde, para se fazer o que se faz com todas esses serviços (google, gmail, orkut, kazAa, etc) não dependeremos de empresas e serviços comerciais (ao menos no que se refere a software...). Mesmo em relação a infra-estrutura (servidores, por exemplo), o p2p ainda está engatinhando e creio que infra-estruturas descentralizadas se desenvolverão muito nos próximos anos.

Nesse cenário, não importa que serviço (software ou rede) se usa, mas sim o protocolo, ou seja, que língua se fala. Todas as redes se cruzam em um grande Xemelê.

Essa sensação vai de encontro a primeira impressão que eu tive do orkut, quando alguém o descreveu pra mim: "é um lugar onde cada um tem sua pagina, vc conhece pessoas que tem interesses em comum com o seu, troca ideias, etc...". Na época eu pensei, "ué, mas isso não é a internet?"...

E viva a descentralização.

Leo,,

Barcamp

Evento bem interessante... se tivesse em Floripa, com certeza iria...

Barcamp é, em resumo, um modelo de desconferência.


A idéia surgiu entre pessoas com um interesse em comum: colaboração.
Esse é o nosso mote; aquilo que direciona as atividades do evento, onde
cada participante exerce literalmente a sua função de fazer parte dos
resultados. Esse modelo tem sido usado ao redor do mundo para reunir
pessoas em Amsterdam, New York, Vancouver, Bélgica, Índia. Agora está
na vez do Brasil.


Cada participante é encorajado a fazer uma apresentação, demonstrar
o projeto em que está trabalhando, ou fazer parte ativamente das
discussões que ocorrem nos cantos do evento. Não há lista de
palestrantes, nem programação fechada; existem idéias e vontade de
colaborar. Trata-se de estar envolvido diretamente em uma estrutura de
conversação horizontal e emergente.


quinta-feira, agosto 10, 2006

Ser

Hoje sou um ser  humano, urbano, normal, com medo de tomar chuva.
Hoje sou um ser urbano, normal, humano, com medo de tomar chuva.
Ontem fui um ser normal, humano, com chuva e medo de ser urbano.
Hoje sou um ser sem chuva, urbano, e com medo de ser humano. Normal.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Relato Oficina de Vassouras-RJ


Na manhã do primeiro dia montamos as pastas dos participantes. Um caderninho, uma caneta, a programação, um mapinha da cidade com as indicações dos locais relacionados ao encontro e um nariz de palhaço.

Os dois ônibus que estavam vindo do Rio chegaram na hora do almoço. Todos fizeram inscrição e almoçaram, antes de dar mos início as atividades.

A tarde demos as boas vindas. Apresentei os principais objetivos do encontro e Roberta e Marcos tocaram a atividade de gestão compartilhada.

Foi bom porque no primeiro momento dessa atividade há uma boa integração entre as pessoas.

Os laboratórios já abriram a todo o vapor no segundo dia do encontro. Todos fizeram a atividade de montar o laboratório. Rádio no ar. Tudo montado.

No fim do dia o lab de vídeo já tinha sido montado, já tinham feito oficina de camera, capturado, editado e publicado um pequeno vídeo[1]!

Por outro lado poucas pessoas apareceram para a oficina Se Joga Na Rede. A ideia neste segundo dia era nivelar um pouco o conhecimento dos participantes. Os iniciantes no uso do computador foram orientados para ir para Se Joga na Rede, enquanto os outros poderiam ir para os laboratórios ou para a continuação da oficina de Gestão Compartilhada.

Infelizmente apenas cerca de 6 pessoas ficaram na Se Joga na Rede.

O laboratório Gráfico também já saiu produzindo no segundo dia. Fizeram um pequeno jornal mural [2] falando sobre a proposta de um dia de alimentação saudável proposto pela Caravana Arco Íris.

No terceiro dia fizemos de manhã o debate sobre Cultura Livre. A pergunta era: "o que estamos fazendo aqui? o que software livre tem a ver com reciclagem de lixo? o que cultura digital tem a ver com alimentos orgânicos?".

Nos demais dias as oficinas continuaram a todo o vapor. Um grupo se reuniu para transformar o documento escrito na oficina de Gestão Compartilhada em uma performance. O Estudio Livre [3] foi apropriado por muita gente e a todo momento alguma coisa era publicada.

Destaque para o piano de chão[4][5] construído na oficina de metareciclagem.

No sábado a noite fizemos uma exibição de todos os vídeos produzidos em um telão na praça central da cidade.

No domingo de manhã encerramos com uma ótima roda de retrospectiva do evento.


Outras Atividades

A noite, depois das oficinas, aconteceram muitas coisas. Um dia houve uma mostra de vídeos que várias pessoas trouxeram - havia um cartaz nos corredores para o pessoal inscrever seu vídeo na mostra.

No primeiro dia teve uma festa com a presença de Jorge Mautner. Em outros dias houve festa no próprio local da oficina.

Além disso ainda houve muitas outras oficinas e intervenções trazidas pela Carava Arco Íris por la Paz.


A participação da Caravana Arco Íris

O pessoal da Caravana Arco Íris carrega a prática, a experiência e a vivência de muitos de uma séria de valores que são comuns a da chamada Cultura Digital. A intenção de criar um ambiente de vivência de valores como liberdade, colaboração, respeito, articulação em rede, generosidade, etc... ficou muito mais fácil com a presença da Caravana.

Presentes em todos os lugarem em todos os momentos, eles ajudaram a colcoar em prática esses valores através de um processo lúdico e, ao mesmo tempo, objetivo.

No primeiro dia tivemos um grande problema nas refeições. Com pessoas repetindo pratos antes de outras comerem e com um acúmulo gigante de pratos sujos que as mulheres da cozinha não tinham tempo de lavar. Acabou faltando prato para todos.

A partir do segundo dia a caravana passou a ajudar na cozinha e implementaram um sistema para que cada pessoa lavasse seu próprio prato. Um esquema simples, com 3 panelões de água, uns cartazes explicando como deveria ser feito, um balde para recolher o lixo orgânco (que ia para a horta) e pronto. Todos lavaram pratos. [6][7][8]

Essa foi uma das ações simples que carregam em si uma série de significados e aprendizados. Cada um lavar seu prato vai totalmente de encontro com a ideia de que o encontro é construído por todos, de que deve haver colaboração, descentraliação, etc...

Ainda na cozinha, a caravana ajudou a integrar as moças que trabalhavam o dia inteiro cozinhando e lavando. Fizeram atividades de alongamento com elas. Conseguiram, por fim, quebrar a relação, muito fácil de se criar, de serviço; de escravismo. Ficou claro para todos que as mulheres da cozinha não estavam ali para serví-los, mas estavam fazendo sua parte na contrução daquele encontro.

Membros da Caravana também participaram de todas as oficinas, trazendo sempre contribuições muito importantes.

Ainda houveram oficinas propostas e realizadas pela Caravana, como a de Tomada de decisão por Consenso, que traz uma metodologia de como gerir o poder de forma horizontal, porém ágil, organizada e funcional. Também aconteceram oficinas de Biorregionalismo, alimentação saudável, saúde, massagem, etc...

As intervenções da Caravana também foram muito interessantes. Propuseram que toda manhã houvesse uma "mística", que compartilhasse com os participantes a realidade local de um ponto de cultura. Começaram por eles mesmos e fizeram uma encenação de como é o dia a dia deles em comunidade. No dia seguinte foi a vez de o Ponto de Cultura Tá Na Rua levar o bloca pra rua.

Palhaços e malabaristas também circulavam pelo encontro. Fazendo intervenções na hora do almoço ou na praça da cidade a noite. Sempre trazendo uma mensagem por trás da brincadeira.

O que foi bom?

. A presença da Caravana Arco Íris
. Ser em uma cidade do interior / participação dos pontos
. recorde de publicações no EstudioLivre
. muitas outras coisas...

O que precisa ajustar?

. Precisamos garantir um mínimo nivelamento entre os participantes, fazer com que quem não tem email ou familiaridade com o computador passe pela oficina de Se Joga Na Rede
. Estimular mais os projetos, que foram muito usados em Osasco e esquecidos em Vassouras


[1] http://estudiolivre.org/el-gallery_view.php?arquivoId=1566
[2] http://estudiolivre.org/el-gallery_view.php?arquivoId=1570
[3] http://estudiolivre.org/tiki-index.php?page=Vassouras+RJ
[4] http://estudiolivre.org/el-gallery_view.php?arquivoId=1666
[5] http://estudiolivre.org/el-gallery_view.php?arquivoId=1665
[6] http://www.flickr.com/photos/38712728@N00/211049671/
[7] http://www.flickr.com/photos/38712728@N00/211047939/
[8] http://www.flickr.com/photos/38712728@N00/211048768/

Experiência em Metareciclagem

Olha só o que rolou no Encontro de Vassouras.

Pegaram um tanto de garrafa Pet, papel alumínio, um banner velho de vinil e um teclado velho e contruíram um tecladão pra se tocar com os pés!

Tem dois vídeos. Um aqui e outro aqui!

Leo,,

terça-feira, julho 25, 2006

Venda de música no Yahoo

Interessante a iniciativa do Yahoo.

DRM é um dos maiores perigos que temos hoje em dia. Por um lado podemos enxergar que o meio digital possibilita a livre circulação de obras pelo mundo todo a um custo muito baixo, etc, etc... Por outro lado, o meio digital é o único onde se é possível ter controle absotulo dessa circulação, se houver um sistema pra isso, claro. E DRM é isso. Saber quantas pessoas baixaram, quantas ouviram, quantas vezes, quantas cópias fizeram, etc, etc...

Me lembro agora da polêmica causada com o CD da Marisa Monte. O mecanismo de segurança do CD dela não deixava que ele fosse reproduzido no computador. Isso impedia pessoas que ouviam CDs no computador de ouvi-lo, passá-lo pro seu tocador de Mp3, ou mesmo fazer uma cópia de backup.

Lembrem-se: Quando você compra um CD você não está comprando um pedaço de plástico, você está pagando uma licença de uso, que te permite fazer cópias para uso pessoal, para ouvir no mp3-player, etc. Você está pagando pelo direito de ouvir, do jeito que você quiser...

Leo,,

segunda-feira, julho 24, 2006

Trama e Tim Maia Racional

Hoje passei numa loja de CDs e vi para vender o Tim Maia Racional - Volume 1. Até aí tudo bem. Minha surpresa foi virar do outro lado e ver o selo da Trama.

"Nossa, enfim lançaram esse CD!", pensei. E aí veio uma surpresa maior ainda, quando li "Faixas Bônus: Todas as músicas originais, com som de vinil". Genial!

Esse disco, que foi tirado de criculação pelo próprio Tim Maia depois
que ele rompeu com a seita, continuava sendo comercializado no mercado
informal. Era possível comprar cópias piratas dele com capa, encarte e
tudo mais.

A Trama foi genial ao acrescentar no CD as faixas com do vinil. É o tipo de coisa que o comprador desse álbum vai valorizar. Sobreviver no
mercado fonográfico hoje depende desta criatividade e capacidade de
agregar valor ao CD, muitas vezes com coisas simples e sem nenhum custo
adicional.

Isso pra mim provou que realmente a Trama está com uma postura muito interessante e é, de longe, a gravadora que vem melhor se adaptando ao mundo digital. Só o preço do CD que podia ser melhor. No fim não topei pagar os R$32,00 que estavam pedindo.

Leo,,

sexta-feira, julho 21, 2006

O importante papel da mentira

A internet está cheia de mentiras, bobagens, informações erradas e imprecisas. Os famosos gatos bonsai  são um exemplo inofensivo disso. Mas existem outros muito mais perigosos.

Muito comumente isso é visto como um ponto negativo da internet. A velha história do excesso de informações gerando a desinformação. Existem tantas coisas que é difícil achar o que você quer e, quando encontra, é complicado saber se pode confiar ou não. Ao contrário, não vejo isso como um problema. A internet não tem a menor credibilidade. Que bom!

Que bom porque cresci em um mundo em que os meios de transmissão (largamente chamados de meios de comunicação) possuiam uma credibilidade plastificada em si mesmos. "Passou na TV? Deu no jornal? Então é verdade!". Não importa quem fale, quem escreva, porque não é a pessoa que tem a credibilidade, é o meio.

Na internet não tem isso. Como disse, a internet não tem credibilidade nenhuma por si só. Pelo contrário. E isso é ótimo, pois quem volta a ter credibilidade é a pessoa na outra ponta da rede. Um exemplo claro de como isso pode funcionar é o MercadoLivre. Ninguém compra nada ali porque confia no MercadoLivre em si. Ele até tem alguns mecanismos para tentar aumentar a segunrança, mas o que pesa na hora de fechar uma compra é a reputação que o vendedor tem na comunidade.

É um exemplo muito pequeno, porque se restringe ao ambiente de um único site e a uma relação comercial. Mas podemos transpor isso para a troca de informações em geral na rede. As pessoas naturalmente elegem suas referências para diferentes assuntos, e redes de confiança se formam.

O passo mais difícil para essa mudança, de tirar a credibilidade do meio e devolvê-la para o indivíduo, é a mudança de postura de quem está atrás de informação - do receptor. Há que se perder o hábito de esperar que a "informação oficial" venha todos os dias, no mesmo horário, em um canal qualquer. Nós temos que escolher os canais que confiamos. Isso é uma mudança maior do que parece!

terça-feira, julho 18, 2006

Relato final de Osasco

Grande e confuso



por ter sido escrito picado durante esses dias e pelo meu estado de espírito no fim da oficina.



bjs



Leo,,



Chegamos de manhã e orientamos todoas a seguirem para o laboratório.



No de Áudio: Montagem da rádio.

Vídeo: Montagem do Lab e começo da oficina de câmera e roteiro

Gráfico: Manipulação e imagens

MetaRec: Papo sobre os projetos e começo dos trabalhos.



O pessoal foi para os laboratórios e a coisa começou boa. Depois da
rádio montada o pessoal voltou pro laboratório e começou a fuçar nos
softwares. O pessoal do gráfico já mexeu com fotos, o pessoal de vídeo
reconheceu os equipamentos e o pessoal de metareciclagem abriu as
possibilidades dos projetos e fez o levantamento de algumas coisas que
precisavam ser compradas.



Na hora do almoço a maioria das pessoas foi visitar um Ponto de
Cultura, Terreiro Loabá. Não posso relatar como foi porque não fui, mas
o pessoal levou equipamentos e fez gravações de áudio e vídeo.



Claro que a coisa lá foi animada e se estendeu. O pessoal ficou lá a
tarde toda. Nos laboratórios a coisa continuou funcionando. O pessoal
conseguiu montar a camera reciclada, outros já começaram a editar
vídeos.



Assim que o pessoal voltou do terreiro conseguimos reunir todos no
saguão da escola de artes para fazermos o planejamento dos próximos
dias. Os grupos voltaram a se reunir e um oficineiro ajudou cada grupo
a fazer o planejamento do que precisava ser feito até o fim da semana.



Colamos e organizamos no mural todas as atividades que se seguiriam nos próximos dias.







Dia 4 e 5



Diz que em São Paulo um PCC aterrorizou todo mundo.



O pessoal demora a chegar. As 9, 9 e meia só estavam lá aqueles que
dormiam na escola. Tudo bem. Agitamos daqui e dali e o trabalho começa.



Os grupos que estavam fazendo vídeo se revezam e saem pra gravar. Na aldeia Guarani do Jaraguá, e em outros lugares...



No começo da tarde palestra com Célio. Na sequencia palestra sobre
empreendedorismo cultural dada por um Ponto de Cultura. "Não podemos
perder a dimensão de mercado da cultura". Por que isso me parece tão
contraditório com o que falamos? No primeiro dia falamos: Cultura não
deve ser mercadoria, não deve seguir as mesmas regras de mercade de um
sabonete... Mas enfim. Ninguem sabe a verdade...



O trabalho dos grupos continuaram a todo o vapor. Para o bem e para o mal.



Para o mal pois já notamos nesse dia uma diminuição no número de
participantes. No mural de retrospectiva alguém colocou que a proposta
era muito avançada e não contemplava os iniciantes.



De fato em todas as oficinas, mesmo antes de experimentarmos este novo
modelo, essas coisas sempre aconteciam. A evasão e a dificuldade de
integrar pessoas em diferentes níveis de conhecimento. Nas últimas
fizemos uma ótima opção de dividir a Se Joga na Rede entre quem não
sabe nada de internet de quem já navega.



Para o bem porque nesse dia aconteceu o tipo de coisa que realmente faz
a diferença na formação dos multiplicadores. A galera que estava
dormindo no espaço ficou com nossos laptops e continuou trabalhando sem
parar madrugada a dentro. Fuçando, aprendendo. A gente ficou por perto
até tarde. Ajudando o pessoal. Os que manjavam mais ajudavam os que
manjavam menos. Esse tipo de imersão é insubstituível.



Para a equipe, quando falamos em uma oficina atrás da outra, quase duas
semanas por mês fora de casa, esse ritmo é insustentável.



Aí mora a contradição.



Temos que ter cuidado também em não cair só na fazeção e esquecermos
que estamos em uma oficina, e não em uma produtora. Alertei para isso
antes, mas a prática do dia a dia é complicada.



Vanessa e Marcinha se transformaram em operadoras de ilha de edição
enquanto os grupos ficavam aflitos em terem que terminar os vídeos.
Isso não deve acontecer.



Falamos e repetimos que o importante era o processo. Falamos tanto que
virou piada. Não adianta só falar, tem que valorizar. É preciso que
criemos mecanismos que valorizem o processo durante o processo. É
preciso que todos acreditem nisso, para que em nenhum momento se crie
expectativas ou, pior, desejos em torno de um produto. Facilmente nós
nos encantamos com a possibilidade de criar um produto legal e nos
esquecemos do processo.



Dia 6



No último dia de manhã muitos grupos corriam para finalizar o produto.
Marcio estava muito preocupado em fazermos um encerramento. Isso é
importante, já que em outras oficinas não houve essa amarração, todo
mundo se olhar e falar "valeu!".



Ajudei um grupo a finalizar um vídeo e fomos agilizar a arrumação do
auditório para o encerramento. Depois do almoço voltamos e fui um dos
que fez o papel de ficar apressando a moçada para fazermos logo o
encerramento...



Todos no auditório, um grupo ainda lá em cima terminando de editar,
começamos. Qual vai ser o primeiro grupo a apresentar? Ninguém se
manifesta então puxo o grupo que eu ajudei. Eles falam e quando vamos
mostrar o vídeo dá pau no som, xiadeira no auditório. Depois de alguns
instantes funciona.



Entra o prõximo grupo e dá pau em alguma outra coisa... e assim
seguiram-se os paus. Com intervalos de tensão entre as falas e
apresentações. Todo mundo muito cansado. "O importante é o processo"
sendo falado da platéia em tom de piada.



Uma hora me dei conta e falei "Tá tudo errado isso aqui. Parece que é
uma apresentação nossa.. vocês todos aí sentados. o que esta
acontecendo? cadê o pessoal que trampou toda essa semana?" e passei o
microfone pra mão do Reverendo, do ponto de cultura Cachuera.



E a coisa rolou.



Ainda rolou a apresentação do projeto bônus que rolou no lab de
metareciclagem. Construíram uns sensores de chão e adaptaram naquele
joguinho que você tem que dançar junto com a música, que tem em
fliperama, uma setinha pra cada lado e vc tem que ficar acertando o
passo. Adaptaram a música Linha de Comando, trocaram a imagem de fundo
e a Haina fez a demonstração



Umas 40 pessoas fizeram uma roda, cantaram e dançaram no final. Foi bom.


quarta-feira, julho 12, 2006

Osasco dia 2

De manhã cedo não demorou muito e já tinha bastante gente no auditório. A atividadede Introdução a Gestão Compartilhada andou bem. O debate depois do vídeo do Paulo Freire foi muito bom. Bem melhor do que o do dia anterior.

Uma das coisas legais do debate foi falar que as práticas de trabalho colaborativo em rede não são novidades, e muitas vezes remetem a práticas antigas. A velha história do puxadinho... Falamos também do ponto de partida para as oficinas, que não deve ser a máquina, e sim o que as pessoas fazem e querem fazer.

Ontem o pessoal estava ainda muito frio. Por isso jogar o debate sobre Cultura Digital mais para frente, quando as pessoas estiverem com mais bagagem para discutir, quando as coisas ficaram menos abstratas, é uma boa ideia.

A tarde fizemos a roda em volta do grande painel de papel kraft pregado no chão. Uma rodada de aquecimento, cada um falando a primeira coisa que viesse na cabeça. Depois demos um círculo com a palavra "Culturas" no centro do painel. "Quando rolar a música todo mundo pega as canetas que estão no chão e vão puxando círculos menores com palavras que venham a nossa cabeça. "Culturas" me remete a alguma coisa que remete outra pessoa a outra coisa...

Um, dois, três e já. O som engasga e o pessoal espera a música. Augustus Pablo. E todo mundo vai ao painel e começa a escrever. Todos de uma vez. Alguns minutos depois o som pára e as pessoas se afastam sorridentes.

Tava lá um mapa gigantesco, com mil combinações, como por exemplo: Culturas > África > Bantu > Ancestralidade > Música > Alegria > Tambor > Rede > Ayê > Candomblé > Raízes...

Depois de alguma contemplação, dividimos todos em seis grupos, aproveitando os grupos que se formaram de manhã na atividade do IPF.

Cada grupo desenha um pequeno mapa conceitual espalhados pelo saguão do prédio e pelo jardim. No centro do mapa: "Fazer". A idéia era responder 3 questões: O que eu sei fazer? O que eu gostaria de fazer? O que eu considero impossível de fazer.

A partir daí cada grupo se reuniu, por mais de uma hora, e bolaram um projeto para ser desenvolovido durante as oficinas.

Ficamos circulando de grupo em grupos, dando idéias e incentivando que os projetos usassem mais de uma linguagem.

Os projetos, resumidamente, foram:

1. Uma performance, com músicas e projeção de vídeos.
2. Um grupo que misturou brancos, afro-descendentes e índios para fazer um vídeo sobre miscigenação
3. Uma rádio-foto-novela, misturando todas as linguagens e tendo como tema o encontro
4. Um video-documentário sobre pichação vs grafiti
5. Uma montagem audio-visual com animação, vídeo e música
6. contruir uma câmera a partir de uma camerinha de segurança e um video cassete velho, documentar o processo em foto e fazer um video com a camera.

A noite nos reunimos. Amanhã no fim do dia nos reuniremos novamente com os grupos para fechar a programação dos próximos dias.

Ideias para a próxima:

. Intercalar Ação, reflexão e ação. Para isso começaríamos a prática mais cedo, para termos tempos de pararmos para refletir durante o processo e voltarmos a ação. Isso parece mais interessante do que um grande período de reflexão e só depois ir para a ação. Para isso o IPF teria que ir mais para o meio da oficina, junto com o debate sobre Cultura Digital.

. Primeira atividade depois do credenciamento: montagem dos Labs, montadem da rádio, sinalização do espaço, etc... Tudo em formato de oficinas.

. Pré-projetos, para tocar logo depois da montagem dos labs. Ex: Fazer uma vinheta pra rádio.

Osasco dia 1

1o dia

Muita chuva de manhã fez com que as pessoas atrasassem muito para chegar. Já havia umas 10 pessoas quando chegamos de manhã cedo, mas só próximo do meio dia que mais gente apareceu.

Pela primeira vez no ano não tivemos a atividade de integração com o IPF. Quanto tinha gente suficiente já estava em cima da hora do almoço.

Depois do almoço fomos para o auditório, quebramos o formato platéia x palco e começamos a roda de apresentação.

Me apresentei e apresentei os objetivos do encontro. Falei de como vai funcionar a dinâmica das oficinas e todas as pessoas se apresentaram.

Argentino controlando o som e fazendo pequenas intervenções sonoras com um tecladinho sampler e o telão ligado mixando imagens de duas câmeras, mais fotos e vídeos.

No fim da apresentação começou naturalmente um debate sobre a cultura digital. "o que é metareciclagem?", "como trabalhar com a molecada dos telecentros que só querem saber de msn e orkut?". E por aí foi. Cultura Livre, remix, cultura não é sabonete, conhecimento livre, software livre, wikipedia, etc...

O papo rolou com Vjzaigem por cima, fotos de metarec, mimosas, converse, estudiolivre e wikipedia no telão. Eu falando bastante, algumas pessoas participando, textos rodando no telão...

Pausa pro café, voltamos e eu puxo o debate. Não quero mais falar, agora é com vocês. Silêncio, pessoal calado. Seguro o desconforto por mais tempo... Alguem fala. A coisa começa. Devagar. Puxo Robson da Tainã e falo pra ele contar como as coisas andam por lá. Como o digital transformou as coisas por lá. Ele fala empolgado.

Depois demora pra alguem falar. Pessoas tímidas. Uma pessoa puxa um debate sobre como lidar com os adolescentes que escrevem com linguajar de mensageiro instantâneo. A conversa se estende mais do que devia mas, por fim, toma rumos interessantes.

Termino puxando a bola pro Davi, que se apresentou dizendo que vivia e sobrevivia de mp3 e internet. Como é que vamos viver com essa história toda?

A experiência de fazer esse papo com um cenário e intervenções multimídia surgiu da idéia de tornar a coisa mais dinâmica e, ao mesmo tempo, apresentar possibilidades que aliementem a criatividade do pessoal para a hora que eles terão que criar os projetos. Foi muito bom. Pena que muitas pessoas vão chegar só amanhã e que o debate não foi tão quente.


Leo,,

sábado, julho 08, 2006

Pela primeira vez, Brasil condena acusado de pirataria on-line

Pela primeira vez alguém é condenado por pirataria on-lin. Ainda foi um caso em que o "pirateiro" vendia filmes e músicas em um site. Ou seja, ainda não chegamos a condenação pela troca livre de arquivos em redes p2p...

saiu aqui e aqui.

Leo,,

segunda-feira, julho 03, 2006

A eterna luta das gravadoras

O site Consultor Jurídico publicou matéria contando das intenções das grandes gravadoras em comprar umas as outras.
Segundo o jornal The New York Times, a gravadora inglesa EMI aumentou sua oferta pela aquisição da Warner para ... US$ 4,6 bilhões.A Warner reagiu e ofereceu os mesmos R$ 4,6 bilhões pela rival britânica...
Parece piada! Esses números exorbitantes, na minha opinião, ao invés de mostrar que os negócios vão de vento em popa, mostram o tamanho do tombo que alguém está prestes a tomar. É até possível que ninguém tenha cacife pra bancar essa fusão entre as gravadoras.
Analistas consultados disseram que, se continuar a “guerra de preços”, os valores podem ficar tão altos que a nova empresa já começaria a operar imobilizada por alta dívida...
Talvez seja tudo blefe com segundas intenções, já que como resultado desse burburinho as ações de ambas as empresas subiram 10% em Wall Street.

Essa outra matéria, publicada no magnet, também mostram os números (não tão) astronômicos com que essas empresas estão acostumadas. Nesse caso a Virgin Francesa vendeu uma música da Madonna em seu site sem ter a permissão da Warner, detentora dos direitos.

Esse é o primeiro caso que eu vi de uma gravadora roubar a outra para colocar uma música na internet. E o mais engraçado foi a argumentação da Virgin, que disse que "quebrou o acordo de exclusividade pelo interesse dos consumidores".

O fato é que elas estão patinando para se adaptar a realidade das novas tecnologias, internet, troca de arquivos P2P, e etc. E muito provavelmente o novo modelo de negócio que está emergindo não comporta cifras tão altas concentradas nas mão de tão poucas pessoas. Ainda mais nas mão de pessoas que não tocam nenhum instrumento!

Ao invés de tentarem se adequar, as gravadoras ainda tentam fechar cada vez mais o cerco, em uma verdadeira guerra, com algumas manobras ridículas, como esta, que quer taxar a venda de CDs virgens.

Outra iniciativa mais preocupante está acontecendo agora na França. O parlamento aprovou lei que regula os Downloads através da internet. Mas sobre essa vou consultar meus amigos advogados e volto a falar.

Leo,,

sexta-feira, junho 30, 2006

Internet sem fio livre em todo o lugar

Imagine que eu tenho um roteador de internet sem fio (Wifi) em casa, pra poder me conectar de qualquer cômodo com meu laptop. Se eu não fizer nada, as pessoas que passam na rua perto de casa também poderão acessar a internet através da minha rede sem fio.

Imagine que duas casas pra frente tem outra pessoa que também tem um roteador wifi... e um pouco mais adiante outra...

Agora imagine que essas pessoas não se importem em compartilhar um pedaço da sua banda larga com os vizinhos e as pessoas que passam na rua. Afinal, qualquer dia desses ela pode estar em algum lugar e gostaria de usar internet de graça também.

Esse é um movimento que não pára de crescer em grandes centros urbanos. O site sharemywifi.com por exemplo permite que as pessoas disponibilizem seu acesso sem fio para outras. Funciona assim: Você entra e indica aonde você está disponibilizando uma conexão em um mapa. Quem tiver interesse em usar sua conexão, entra em contato com você pedindo autorização. Em contrapartida, você pode buscar no mapa alguma conexão que te interesse e pedir autorização para usar.

A idéia é que, em pouco tempo, se você compartilhar sua conexão, você vai ter acesso livre em "qualquer lugar".

Uma idéia ainda mais interessante é a  FON. O princípio é o mesmo: Criar uma infra-estrutura descentralizada de internet sem fio. A diferença é que quem transforma sua conexão em um hotspot da rede FON, ecolhe o que quer receber em troca, que pode ser simplesmente acesso livre em qualquer outro hotspot FON, ou 50% da receita líquida da venda de sua conexão.

Dessa maneira espera-se oferecer uma alternativa barata de acesso a internet sem fio, sem que se precise investir milhões em infra-estrutura. Sai ganhando quem quer pagar para conectar a internet de qualquer lugar e sai ganhando quem compartilha sua conexão doméstica.

Acredito que modelos como este, de economia p2p, vão começar a pipocar em várias áreas. A Fon vende cartões pre-pagos para quem quiser usar a internet e está subsidiando a compra de roteadores para quem quiser entrar na rede.

Tem também gente simplesmente compartilhanco a conexão com o vizinho para os dois navegarem mais rápido. Mas isso ainda pode dar algum pepino com a lei, já que não está claro se é legal esse tipo de compartilhamento.

E ainda vai dar muito mais pepino quando as reais possibilidades dessa infra-estrutura descentralizada e livre forem utilizadas. Para dar um exemplo, daqui a pouco as pessoas vão poder conversar por voz, utilizando a internet através do celular, sem precisar passar pela rede de telefonia das operadoras. Imagine a bronca...

Leo,,

quinta-feira, junho 29, 2006

Animação muito boa

TYGER

Animação muito boa. Mistura várias técnicas e tem a cidade de São Paulo como cenário.

Se quiser fazer download do vídeo, ao invés de assistir na página, use esse link aqui.

Leo,,

Usando metodologia de projetos nas oficinas

Estou empolgado de estar próximo de conseguir fazer algo que há muito tempo tenho vontade.

Até agora, por maior integração que acontecesse, as oficinas que damos são sempre compartimentadas em laboratórios: Oficina de Audio, Vídeo, Grafico e MetaReciclagem. A ideia que estamos desenvolvendo é a de orientar as oficinas por projetos, e não por laboratórios.

Como funciona isso? Bom, simplificando, no início das oficinas formam-se grupos em torno de um projeto, de um desafio. Para realizar os projetos, os grupos terão que ir atrás de descobrir como realizar uma série de coisas, e aí passarão pelos laboratórios.

Por exemplo, um grupo resolve fazer um projeto de cineclube, que exiba também uma produção de entrevistas feita no evento. O projeto poderia envolver: câmera, edição, montagem de equipamentos, produção de folhetos para divulgação, etc. Os oficineiros ficariam com o papel de orientadores, ajudando até a identificar no grupo pessoas que já saibam fazer certas coisas e organizando mini-oficinas.

O objetivo principal, ao meu ver, é desenvolver o aprender a aprender, mas sobre isso falo mais depois.

Começando uma pesquisa pra ir atrás de experiências nessa área, encontro Fernando Hernandez, que defende uma organização curricular das escolas por projetos de trabalho, ao invés de disciplinas.
"O modelo propõe que o docente abandone o papel de "transmissor de conteúdos" para se transformar num  pesquisador. O aluno, por sua vez, passa de receptor passivo a   sujeito do processo."
"Antes, defina os problemas a resolver. Depois, escolha a(s) disciplina(s). Nunca o inverso."

O interessante nessa história é conseguirmos trabalhar o que realmente interessa para os Pontos de Cultura, ou seja, que eles consigam nas oficinas responder a perguntas que vão ajudá-los no seu trabalho diário. E fazer isso de maneira que el@s mesm@s descubram o que precisam, incentivando o auto-didatismo.

Próxima oficina: Osasco, de 10 a 15 de julho. Espero que já consigamos experimentar alguma por lá. Nosso desafio é o curto espaço de tempo.

Leo,,

Sobre TV Digital

Juba publicou um vídeo com uma grande entrevista com Takashi Tome, pesquisador do Sistema Brasileiro de TV Digital do CPqD de Campinas.

A entrevista foi feita para o documentário que Djah Djah está preparando e contou também com a presença de Chico Caminatti.

O papo, bem longo, é bom por que entra em detalhes que dificilmente vemos alguém falando por aí. É bom ouvir Takashi falar porque é um cara técnico mas que também tem a visão das transformações sociais que a TV Digital pode trazer.

Para mim esclareceu a questão do canal de retorno e da possibilidade de acesso a internet pela TV Digital. De fato, este canal de retorno não dá pra ser pelo ar, por trasmissão de TV. Deve ser feito por outra rede, tipo cabo ou telefonia.

Enquanto isso no mundo real a Folha anuncia, sozinha, pela terceira vez que o padrão japonês já foi escolhido. A cobertura da mídia é tosca. Basta dizer que, na Folha, todas as notícias sobre TV Digital saíram no caderno Dinheiro. Ou seja, é só uma questão de quem é que vai ganhar mais com esse novo mercado...

Na minha modesta opinião, é uma briga muito complicada de se ganhar. Aposto mais na internet. Em pressionarmos para uma política pública de banda larga. Aí vai TV, Rádio... vai tudo pela net...

aguardemos

Leo,,

Piadinha Infame

Se o Lula, ex-operário e atual presidente da república, tivesse uma empresa de transportes qual seria o nome dela?

TransTorno !

hehe... vou vender essa Pro Zé Simão

Leo,,

ps - perco o presidente mas não perco a piada