quinta-feira, junho 29, 2006

Usando metodologia de projetos nas oficinas

Estou empolgado de estar próximo de conseguir fazer algo que há muito tempo tenho vontade.

Até agora, por maior integração que acontecesse, as oficinas que damos são sempre compartimentadas em laboratórios: Oficina de Audio, Vídeo, Grafico e MetaReciclagem. A ideia que estamos desenvolvendo é a de orientar as oficinas por projetos, e não por laboratórios.

Como funciona isso? Bom, simplificando, no início das oficinas formam-se grupos em torno de um projeto, de um desafio. Para realizar os projetos, os grupos terão que ir atrás de descobrir como realizar uma série de coisas, e aí passarão pelos laboratórios.

Por exemplo, um grupo resolve fazer um projeto de cineclube, que exiba também uma produção de entrevistas feita no evento. O projeto poderia envolver: câmera, edição, montagem de equipamentos, produção de folhetos para divulgação, etc. Os oficineiros ficariam com o papel de orientadores, ajudando até a identificar no grupo pessoas que já saibam fazer certas coisas e organizando mini-oficinas.

O objetivo principal, ao meu ver, é desenvolver o aprender a aprender, mas sobre isso falo mais depois.

Começando uma pesquisa pra ir atrás de experiências nessa área, encontro Fernando Hernandez, que defende uma organização curricular das escolas por projetos de trabalho, ao invés de disciplinas.
"O modelo propõe que o docente abandone o papel de "transmissor de conteúdos" para se transformar num  pesquisador. O aluno, por sua vez, passa de receptor passivo a   sujeito do processo."
"Antes, defina os problemas a resolver. Depois, escolha a(s) disciplina(s). Nunca o inverso."

O interessante nessa história é conseguirmos trabalhar o que realmente interessa para os Pontos de Cultura, ou seja, que eles consigam nas oficinas responder a perguntas que vão ajudá-los no seu trabalho diário. E fazer isso de maneira que el@s mesm@s descubram o que precisam, incentivando o auto-didatismo.

Próxima oficina: Osasco, de 10 a 15 de julho. Espero que já consigamos experimentar alguma por lá. Nosso desafio é o curto espaço de tempo.

Leo,,

6 comentários:

Anônimo disse...

Fala, Léo. Bom retomar as blogações do pessoal no projeto.

Orientar oficinas por projeto, BEM interessante. Tem que ter um começo pra esclarecer um pouco os recursos que a galera tem à mão, e se pans um módulo pra todos sobre aprender a aprender. E o resto, concordo contigo. Encontrar um propósito pra galera trabalhar junto.

leogermani disse...

É isso aí.

Estamos querendo fazer algum tipo de atividade de MindMap no começo, pra mapear as necessidades/desafios/problemas/soluções da galera e tirar os projetos daí.

E desenvolver bastante a oficina Se Joga na Rede

Anônimo disse...

eu acho essa emtodoligia a mais sensata e venho batendo o pé há mto tempo pra isso rolasse..
bom vmaos la: eu acho que deve ficar claro para os participantes da oficina o carater do processo de criação das mídia no linux, isto é, a parte técnica da instalação dos softwares de cpnfiguração da maquina, dos dispositivos, e mais, que esse caráter apareça como parte do tema de tudo o que está sendo criado, porque so assim que a galera vai lembrar que tem uma diferença entre o software livre e o proprietário e que essa diferença não é somente um é de graça e o outro é pago mas, que tem toda a construção de um conhecimento que nãopode deixar de existir.
Espero ter sido claro nas minha observações, e gostaria muito de participar da oficina em Osasco.

Vai que é nois!

[]s
Habib

Anônimo disse...

na pilha!!

é realmente um desafio..
mas sem dúvida, com resultados muito mais concretos tanto pra nós, com materiais produzidos, qnto pra eles, com dúvidas reais, do cotidiano deles, sendo sanadas..

Osasco? tá em cima, mas dá pra experimentar coisas, sim..
Temos que ter alguns modelos na manga.. Depender do grupo de pessoas dos pontos pode ser perigoso..
Temos que nos preparar bem pra isso..

enfim, na pilha..

bora

arg

Anônimo disse...

acho q compliquei da outra vez, o lance eh a galera entender essa tecnologia livre, que é um modelo novo de fazer e trocar coisas, e que por isso tem limites (horizontes) diferentes do modelo tradicional de produção de mídia e troca de informações...
por exemplo, temos dificuldade com alguns programas de edição de video, taxa de bitrate do audio que zoa o browser mas, por outro lado o carater experimental brota e surgem diversas coisas interesantes do uso e programação como eh o caso do stream de audio e video, ao vivo...

Anônimo disse...

Leo, ja' que ira' pesquisar na area, comece com Freinet, pois ele comecou isso la' no comeco do seculo passado. O aprender a aprender e' meio batido pela Unesco (e e' importante), mas o bom e' beber da fonte: Edgar Morin. Quanto a Osasco, moro aqui.. mas so' poderei talvez participar no primeiro dia... :{ pois tinha uma viagem marcada.

vamos conversando...

marcbraz_metarec