terça-feira, julho 18, 2006

Relato final de Osasco

Grande e confuso



por ter sido escrito picado durante esses dias e pelo meu estado de espírito no fim da oficina.



bjs



Leo,,



Chegamos de manhã e orientamos todoas a seguirem para o laboratório.



No de Áudio: Montagem da rádio.

Vídeo: Montagem do Lab e começo da oficina de câmera e roteiro

Gráfico: Manipulação e imagens

MetaRec: Papo sobre os projetos e começo dos trabalhos.



O pessoal foi para os laboratórios e a coisa começou boa. Depois da
rádio montada o pessoal voltou pro laboratório e começou a fuçar nos
softwares. O pessoal do gráfico já mexeu com fotos, o pessoal de vídeo
reconheceu os equipamentos e o pessoal de metareciclagem abriu as
possibilidades dos projetos e fez o levantamento de algumas coisas que
precisavam ser compradas.



Na hora do almoço a maioria das pessoas foi visitar um Ponto de
Cultura, Terreiro Loabá. Não posso relatar como foi porque não fui, mas
o pessoal levou equipamentos e fez gravações de áudio e vídeo.



Claro que a coisa lá foi animada e se estendeu. O pessoal ficou lá a
tarde toda. Nos laboratórios a coisa continuou funcionando. O pessoal
conseguiu montar a camera reciclada, outros já começaram a editar
vídeos.



Assim que o pessoal voltou do terreiro conseguimos reunir todos no
saguão da escola de artes para fazermos o planejamento dos próximos
dias. Os grupos voltaram a se reunir e um oficineiro ajudou cada grupo
a fazer o planejamento do que precisava ser feito até o fim da semana.



Colamos e organizamos no mural todas as atividades que se seguiriam nos próximos dias.







Dia 4 e 5



Diz que em São Paulo um PCC aterrorizou todo mundo.



O pessoal demora a chegar. As 9, 9 e meia só estavam lá aqueles que
dormiam na escola. Tudo bem. Agitamos daqui e dali e o trabalho começa.



Os grupos que estavam fazendo vídeo se revezam e saem pra gravar. Na aldeia Guarani do Jaraguá, e em outros lugares...



No começo da tarde palestra com Célio. Na sequencia palestra sobre
empreendedorismo cultural dada por um Ponto de Cultura. "Não podemos
perder a dimensão de mercado da cultura". Por que isso me parece tão
contraditório com o que falamos? No primeiro dia falamos: Cultura não
deve ser mercadoria, não deve seguir as mesmas regras de mercade de um
sabonete... Mas enfim. Ninguem sabe a verdade...



O trabalho dos grupos continuaram a todo o vapor. Para o bem e para o mal.



Para o mal pois já notamos nesse dia uma diminuição no número de
participantes. No mural de retrospectiva alguém colocou que a proposta
era muito avançada e não contemplava os iniciantes.



De fato em todas as oficinas, mesmo antes de experimentarmos este novo
modelo, essas coisas sempre aconteciam. A evasão e a dificuldade de
integrar pessoas em diferentes níveis de conhecimento. Nas últimas
fizemos uma ótima opção de dividir a Se Joga na Rede entre quem não
sabe nada de internet de quem já navega.



Para o bem porque nesse dia aconteceu o tipo de coisa que realmente faz
a diferença na formação dos multiplicadores. A galera que estava
dormindo no espaço ficou com nossos laptops e continuou trabalhando sem
parar madrugada a dentro. Fuçando, aprendendo. A gente ficou por perto
até tarde. Ajudando o pessoal. Os que manjavam mais ajudavam os que
manjavam menos. Esse tipo de imersão é insubstituível.



Para a equipe, quando falamos em uma oficina atrás da outra, quase duas
semanas por mês fora de casa, esse ritmo é insustentável.



Aí mora a contradição.



Temos que ter cuidado também em não cair só na fazeção e esquecermos
que estamos em uma oficina, e não em uma produtora. Alertei para isso
antes, mas a prática do dia a dia é complicada.



Vanessa e Marcinha se transformaram em operadoras de ilha de edição
enquanto os grupos ficavam aflitos em terem que terminar os vídeos.
Isso não deve acontecer.



Falamos e repetimos que o importante era o processo. Falamos tanto que
virou piada. Não adianta só falar, tem que valorizar. É preciso que
criemos mecanismos que valorizem o processo durante o processo. É
preciso que todos acreditem nisso, para que em nenhum momento se crie
expectativas ou, pior, desejos em torno de um produto. Facilmente nós
nos encantamos com a possibilidade de criar um produto legal e nos
esquecemos do processo.



Dia 6



No último dia de manhã muitos grupos corriam para finalizar o produto.
Marcio estava muito preocupado em fazermos um encerramento. Isso é
importante, já que em outras oficinas não houve essa amarração, todo
mundo se olhar e falar "valeu!".



Ajudei um grupo a finalizar um vídeo e fomos agilizar a arrumação do
auditório para o encerramento. Depois do almoço voltamos e fui um dos
que fez o papel de ficar apressando a moçada para fazermos logo o
encerramento...



Todos no auditório, um grupo ainda lá em cima terminando de editar,
começamos. Qual vai ser o primeiro grupo a apresentar? Ninguém se
manifesta então puxo o grupo que eu ajudei. Eles falam e quando vamos
mostrar o vídeo dá pau no som, xiadeira no auditório. Depois de alguns
instantes funciona.



Entra o prõximo grupo e dá pau em alguma outra coisa... e assim
seguiram-se os paus. Com intervalos de tensão entre as falas e
apresentações. Todo mundo muito cansado. "O importante é o processo"
sendo falado da platéia em tom de piada.



Uma hora me dei conta e falei "Tá tudo errado isso aqui. Parece que é
uma apresentação nossa.. vocês todos aí sentados. o que esta
acontecendo? cadê o pessoal que trampou toda essa semana?" e passei o
microfone pra mão do Reverendo, do ponto de cultura Cachuera.



E a coisa rolou.



Ainda rolou a apresentação do projeto bônus que rolou no lab de
metareciclagem. Construíram uns sensores de chão e adaptaram naquele
joguinho que você tem que dançar junto com a música, que tem em
fliperama, uma setinha pra cada lado e vc tem que ficar acertando o
passo. Adaptaram a música Linha de Comando, trocaram a imagem de fundo
e a Haina fez a demonstração



Umas 40 pessoas fizeram uma roda, cantaram e dançaram no final. Foi bom.


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